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Namorado é condenado a 48 anos de prisão por matar adolescente encontrada às margens de rio em SC

Namorado é preso suspeito de matar adolescente encontrada às margens de rio em SC Anderson Luis Burigo foi condenado a 48 anos, 6 meses e 24 dias de prisão e...

Namorado é condenado a 48 anos de prisão por matar adolescente encontrada às margens de rio em SC
Namorado é condenado a 48 anos de prisão por matar adolescente encontrada às margens de rio em SC (Foto: Reprodução)

Namorado é preso suspeito de matar adolescente encontrada às margens de rio em SC Anderson Luis Burigo foi condenado a 48 anos, 6 meses e 24 dias de prisão em regime inicial fechado pelo assassinato da adolescente Maria Gabriela Nunes, de 14 anos, ocorrido em fevereiro deste ano. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (10), em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina. O acusado já estava preso preventivamente e não poderá recorrer em liberdade. Na época do crime, ele tinha 23 anos. A defesa de Anderson disse que vai recorrer (veja a nota abaixo). ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp O réu foi condenado por feminicídio qualificado por meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver. Ele também precisará pagar uma indenização de R$ 100 mil à família da vítima, informou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que fez a denúncia contra ele. Na época do crime, a adolescente foi encontrada com sinais de violência às margens do rio Itajaí-Açu, em Navegantes, cidade vizinha a Itajaí, dois dias após desaparecer. O júri começou por volta das 9h e terminou perto das 19h, segundo o Poder Judiciário. Anderson Luis Burigo é condenado por matar adolescente em SC Reprodução/Redes sociais Crime De acordo com a denúncia do MPSC, o crime ocorreu no bairro Brilhante em 12 de fevereiro de 2025, quando o homem não aceitou o fim do relacionamento. Ele atacou a adolescente pelas costas com cerca de 13 golpes de faca, impedindo qualquer possibilidade de defesa. Após o homicídio, o corpo foi jogado no rio Itajaí-Mirim, sendo encontrado três dias depois, na divisa entre Itajaí e Navegantes. Maria Gabriela, moradora de Itajaí, ainda cursava o ensino fundamental. Ela tinha 14 anos e havia uma diferença de nove anos entre ela e Anderson. Linha do tempo Quarta-feira, 12 de fevereiro: Maria Gabriela Nunes desaparece após sair de casa, em Itajaí, no litoral catarinense, com o namorado. Sexta-feira, 14 de fevereiro: Corpo é localizado às margens de um rio em Navegantes, cidade da mesma região. Ele tinha perfurações e machucados, segundo bombeiros. Sábado, 15 de fevereiro: Suspeito é localizado e preso temporariamente pela Polícia Civil. Ele nega feminicídio, mas assume ciúmes exacerbado e episódios de agressividade. Quem era a vítima Adolescente desaparecida há 2 dias é encontrada morta às margens de rio em SC Reprodução/Redes Sociais Maria Gabriela Nunes tinha 14 anos e era estudante do 9º ano da Escola Básica Professor Marinho Gervasi, em Itajaí. Segundo a escola, ela era uma aluna dedicada, participativa e querida pelos colegas. O irmão a descreveu como uma jovem alegre, vaidosa e muito ligada à família. Ela morava com a mãe, enquanto o irmão vivia na casa ao lado. O que diz a defesa do réu Confira abaixo a nota completa da defesa de Anderson. A defesa de Anderson Burigo vem a público manifestar sua profunda inconformidade com a condenação proferida no Tribunal do Júri realizado na Comarca de Itajaí - SC em 10/09/2025. É importante esclarecer que o magistrado que presidiu a sessão plenária conduziu os trabalhos de forma técnica e adequada. Todavia, durante a fase de instrução processual, decisões anteriores comprometeram o pleno exercício da ampla defesa e do contraditório. Foram indeferidos pedidos essenciais da defesa, como: a oitiva de peritos regularmente arrolados; a oitiva, ainda que por videoconferência, de policiais militares; a juntada de documentos apresentados que eram de extrema importância para defesa. Além disso, foi admitida a utilização de documentos juntados pela acusação que quebram cadeia de custódia, configurando cerceamento de defesa. Mesmo diante dessas limitações, a defesa demonstrou, com base em provas técnicas produzidas pela própria acusação – laudos, filmagens e registros de bilhetagem de celulares –, a impossibilidade material de que o réu estivesse presente nos locais e horários apontados pela acusação, devido a total incompatibilidade de horários. Ainda assim, Anderson Burigo foi condenado a 48 anos de prisão. A defesa reafirma sua convicção de que o julgamento foi contrário às provas dos autos e marcado por graves nulidades processuais, razão pela qual irá recorrer buscando a anulação do julgamento e a realização de um novo júri, em estrita observância ao devido processo legal e às garantias constitucionais. Dr. Wendel Laurentino, Dra. Kátia Cabral e Silva e Dra. Andréia Campi Benvenutti. VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

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