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Feminicídio de Catarina Kasten: como testemunhas foram essenciais para a investigação em Florianópolis

Mulher assassinada em trilha de Florianópolis: o que se sabe A investigação sobre o feminicídio de Catarina Kasten, professora estuprada e assassinada em um...

Feminicídio de Catarina Kasten: como testemunhas foram essenciais para a investigação em Florianópolis
Feminicídio de Catarina Kasten: como testemunhas foram essenciais para a investigação em Florianópolis (Foto: Reprodução)

Mulher assassinada em trilha de Florianópolis: o que se sabe A investigação sobre o feminicídio de Catarina Kasten, professora estuprada e assassinada em uma trilha de Florianópolis, contou com relatos e ajuda de testemunhas, além de provas repassadas por moradores às polícias Militar e Civil. Durante a apuração do caso, duas turistas relataram que fotografaram o assassino. Além disso, conforme a cronologia do crime, testemunhas também foram essenciais ao avisarem à PM sobre terem encontrado o corpo da vítima na trilha ainda na manhã de sexta (21), dia do crime. Moradores também comunicaram ainda os pertences de Catarina achados na trilha e deram acesso às autoridades às câmeras da região. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp O boletim de ocorrência ao qual a NSC TV teve acesso detalha como a polícia chegou ao assassino confesso Giovane Correa Mayer. Ele foi preso ainda na manhã de sexta e, no sábado, o flagrante foi convertido em prisão preventiva. Catarina Kasten sonhava com nova casa e doutorado Veja abaixo a cronologia do crime: Manhã de sexta-feira, 21 de novembro 06h05 - Um homem com camiseta azul, calça e tênis é visto se escondendo atrás de uma lixeira e seguindo para a trilha. 06h50 - Catarina sai de casa, na Praia da Armação e percorre a trilha para chegar à aula de natação, realizada em frente à igreja local. 06h53 - Câmeras cedidas por moradores à polícia registraram o suspeito correndo pela areia, cerca de 30 segundos após Catarina passar pelo mesmo local. Por volta das 9h, o marido de Catarina percebe que ela não retornou. Tarde de sexta-feira, 21 de novembro Por volta do meio-dia, o marido de Catarina vê mensagens no grupo de WhatsApp da natação de moradores e alunos avisando que os pertences dela foram encontrados na trilha da praia. Preocupado, ele liga para uma das professoras, que confirma que Catarina não tinha ido à aula naquela manhã. 13h09 - A Polícia Militar é acionada pelo marido e família de Catarina. 13h30 - Dois homens encontraram o corpo de Catarina em uma área de mata na trilha do Matadeiro. Um deles viu o corpo ao entrar em um beco para urinar e acionou a polícia, enquanto o outro foi até os policiais para avisar. Durante as buscas, duas turistas relatam que, pela manhã, viram um homem olhando para dentro da mata e tiraram fotos dele. As imagens confirmaram que era o mesmo homem registrado pelas câmeras da comunidade. Noite de sexta-feira, 21 de novembro Após as imagens circularem entre moradores, o suspeito foi reconhecido como Giovane Corrêa Mayer, de 21 anos. Com base nas câmeras, fotos das turistas e depoimentos, a polícia foi até a casa dele. Por volta das 22h39, Giovane foi preso em flagrante e confessou o crime. Ele disse que voltava de uma festa e, ao ver Catarina, teria sido influenciado por “vozes na cabeça”. Admitiu que estuprou a vítima ainda com vida, estrangulou com uma corda e arrastou o corpo para dentro da mata para esconder. Durante a abordagem, os policiais notaram arranhões nas costas do suspeito. Na casa dele, encontraram todas as roupas vistas nas imagens, a camiseta azul do Avaí, calça, tênis e bermuda branca. Fotos incluídas no boletim de ocorrência mostram autor do feminicídio em imagens feitas por turistas Reprodução Catarina morava na região e foi morta quando ia para uma aula de natação no início da manhã. Um vídeo chegou a mostrar o autor correndo pela areia da praia após Catarina passar pelo mesmo local. O laudo divulgado pela Polícia Científica, ao qual a NSC TV teve acesso nessa segunda-feira (24), confirmou que Catarina morreu devido à asfixia por estrangulamento e apontou indícios de que ela foi vítima de agressão sexual. Investigado por matar mulher em trilha tem prisão preventiva decretada Mulher é encontrada morta com sinais de violência em trilha 📍 A trilha do Matadeiro é uma das mais famosas da Capital e fica na região sul da cidade. O local é conhecido por atravessar a mata atlântica preservada. O g1 registrou em vídeo todo o percurso da trilha. Assista abaixo: Vídeo mostra trilha do Matadeiro, em Florianópolis O que diz a defesa de Giovane Corrêa Mayer? O preso é natural de Viamão, no Rio Grande do Sul, e mora na região desde 2019 com familiares. Segundo a Polícia Militar, ele costumava passar pela trilha. Na sexta-feira, ele afirmou voltar de uma festa onde havia ingerido bebida alcoólica. A defesa do investigado é feita pela Defensoria Pública. Em nota, o órgão disse que garante atendimento jurídico integral e gratuito a todas as pessoas que não possuem advogado constituído. "A missão constitucional da Defensoria Pública é garantir atendimento jurídico integral e gratuito a todas as pessoas em situação de vulnerabilidade. Entre esse público, incluem-se todas as mulheres vítimas de violência de gênero, bem como qualquer pessoa acusada da prática de crime que não possua advogado constituído". INFOGRÁFICO: mulher é assassinada em trilha de Florianópolis Arte g1 VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

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